Como escrevíamos aqui, há pouco mais de um ano, o projecto Sementes de Portugal tem na sua génese o nosso gosto pela flora nativa aliado à convicção de que há em Portugal espaço para valorizar as suas muitas qualidades ornamentais e paisagísticas. Não apenas porque é o tipo de vegetação mais indicado às condições geofísicas do nosso território, mas também porque sobre a nossa flora existe um enorme património etnológico que, embora não esteja completamente esquecido, merece ser relembrado, estimulado e recriado.
É pois um projecto emocional mas que não é alheio à necessidade de também ser um projecto alinhado com o enquadramento legal do seu sector de actividade e economicamente sustentável.
Ao longo de 2014 germinámos a ideia Sementes de Portugal com a preciosa ajuda e apoio da Sigmetum, da sua equipa e com a particular generosidade do seu responsável, Filipe Soares. É um facto que somos supeitos, pois com o tempo criámos laços de amizade. Porém, isso não pode impedir-nos de afirmar o nosso enorme orgulho em, também nós, termos sido acarinhados no viveiro da Sigmetum, na tapada da Ajuda em Lisboa. Lado a lado com as muitas plantas autóctones que por lá germinam todos os anos com êxito.
Em 2015 damos mais um passo e criamos formalmente a empresa SemIberis, tendo em mente uma das plantas que mais apreciamos - as assembleias, mas também que a flora autóctone portuguesa é na realidade ibérica e indiferente à geografia das nossas fronteiras políticas.
Este ano, em conjunto com a nossa rede de colaboradores, colectores e de comerciantes, que já hoje se estende por quase o território continental, queremos consolidar o caminho percorrido até aqui e juntar novas ideias ao nosso "catálogo" de sementes. E não são poucas!
O desafio continuará a ser o mesmo: criar e desenvolver novas formas de valorização do que é intrínsecamente nosso e com isso aportar novo valor económico para todos os que no projecto colaboram.
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