quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Um embrulho de Natal by sementes de Portugal

O nosso gosto pela flora autóctone só é mesmo ultrapassado pela nossa vontade de lhe dar uma boa imagem, que é a que merece! E este Natal, para além de se poderem oferecer sementes da nossa flora nativa, será possível dá-los num inovador envelope-embrulho.

Seja nas lojas onde estamos ou directamente connosco via email, a quem comprar dois pacotes de sementes oferecemos o embrulho de Natal. Fácil de utilizar e ainda com um espaço para escrever de quem é e para quem são as sementes escolhidas.

Uma boa ideia de que gostamos muito e que só foi possível desenvolver em colaboração com a dupla de criativos que  trabalha connosco, Lina&Nando, do Porto,  e com a gráfica que produz o nosso material: A Gráfica da Batalha. Algo que nos deixa cheios de contentamento pois não é so das melhores sementes autóctones portuguesas que vive o nosso projecto. É também do trabalho dos melhores portugueses que temos: aqueles que todos os dias tentam dar o melhor de si. E é para eles também que vai o nosso obrigado!

Abaixo deixamos-vos o link para o catálogo de 23 espécies que este Natal dispnibilizamos no formato de pacote:

https://drive.google.com/file/d/0B9sKCKBDDsItSGctYkhxMW44cUk/edit



terça-feira, 25 de novembro de 2014

Neste Natal oferece sementes de Portugal!


Estamos a um mês do Natal! Uma quadra de que gostamos particularmente e à qual queremos ficar associados de forma positiva. É verdade que se podem oferecer sementes em qualquer altura do ano, mas no Natal e numa época especialmente indicada para a sua germinação, presentear um pacote de sementes da nossa flora nativa é oferecer vida pronta a despontar.

E há 23 espécies por entre as quais se podem escolher as mais ajustadas para as pessoas de que gostamos.

Uma outra sugestão que temos é a de em vez da sua oferta, germinarmos nós mesmos as nossas espécies preferidas e oferecermos as plantas recém-nascidas: uma prenda de Natal económica e  plena de simbolismo!

sábado, 22 de novembro de 2014

Dia Nacional da Floresta Autóctone e o Projecto 100.000 árvores



Comemora-se amanhã o dia Nacional da Floresta Autóctone. É verdade que nas sementes de Portugal pretendemos valorizar o que é autóctone todos os dias, mas não poderiamos deixar de evocar a comemoração oficial da data, decretada há alguns anos pela nossa Assembleia da Républica.

Infelizmente, estas comemorações oficiais têm sempre um travo amargo de "descargo de consciência" do regime,  porque a mesma casa que aprova um dia consagrado à floresta autóctone não vislumbra nenhuma contradição quando alguns anos mais tarde aprova planos de expansão das monoculturas florestais, como a do eucalipto. Monoculturas essas que, nunca é de mais repetir,  avançam descaradamente pelo nosso território com a desculpa de estarem ao serviço de uma indútria exportadora. Mas que pouco mais gente beneficia que a da famíla Queiroz Pereira (detentora da participação maioritária da SEMAPA, holding que controla uma parte muito significativa das fábricas de pasta do papel e sucedâneos que operam em Portugal).

Daí que hoje importe mais olhar para quem está no terreno a provar que é sempre possível fazer diferente. E que, embora com alguns apoios públicos, o faz sobretudo com a energia de uma sociedade civil adulta. A provar que, querendo,  muita coisa pode ser feita sem se cair no desalento. 

Há vários projectos de que gostamos, mas há um que pela visão global e pela ambição nos faz sorrir mais: O projecto Futuro -100.000 árvores, que nos diversos concelhos da àrea metropolitana do Porto tem um plano de acção sistematizado para devolver  os bosques de àrvores autóctones à região.

Hoje foi dia de plantação de árvores na Serra de Santa Justa - até porque o mês de Novembro é perfeito para colocar árvores na Terra. Gostaríamos de ter divulgado antecipadamente, mas já fomos tarde. Porém, quem habita na região metropolitana do Porto não tem razões para ficar triste por ter perdido a oportunidade de participar. A agenda do projecto Futuro é extensa e já tem actividades previstas até à Primavera de 2015 nas quais qualquer um se pode inscrever como voluntário! 

Desde que o projecto se iniciou em Outubro de 2011 já se plantaram cerca de 30.000 árvores. Há pois ainda muitas árvores para plantar até chegarmos às 100.000. Não falta muito, mas quanto mais voluntários houver mais cedo será possivel acrescentar um zero ao projecto! Difícil? Ambicioso!?! Mas porque não!?!

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Mata Nacional do Vimeiro




Ontem participámos em mais uma saída de campo da Lirium - Aromaticas, desta vez na Mata Nacional do Vimeiro, Alcobaça, com a atenção voltada para os fungos e cogumelos que nesta altura do ano têm a sua época de glória.

Claro que as saídas de campo da Lirium nunca são apenas sobre um aspecto em particular e versam sempre sobre muitos e diversificados temas. Tantos quanto a Natureza e o Homem em acção provocam nos diferentes participantes que em cada saída se dispõem a partilhar o que vão sabendo.

E a Mata Nacional do Vimeiro é um desses sítios perfeitos para ocupar uma manhã de um Domingo de Novembro. A começar pela designação do espaço. Uma Mata Nacional. Vá lá saber-se porquê, mas numa época em que o Estado se evapora de todo o lado, a expressão Mata Nacional transporta-nos ainda e sempre para o território seguro de um País a sério, com uma administração organizada e que até tem matas nacionais!  

É certo que para a grande maioria de nós, as matas nacionais são coisas vagas, quase lendas medievais. Alguns conhecem ou ouviram falar do Pinhal de Leiria, eventualmente por ser o maior, mas a grande maioria, urbana ou não, desconhece que no seu património privado, o Estado tem a responsabilidade de inumeras propriedades, umas matas nacionais, outras perimetros florestais, outras simples propriedades agro-florestais. Com alguma paciência é possivel chegar ao mapa de todos esses espaços, disponível no site do ICNF, mas não se espere encontrar muita informação. Os recursos para tomar conta deles não são muitos e, em sintonia, não convém fazer grande publicidade aos mesmos.

Sucede que esta Mata Nacional do Vimeiro não é uma mata qualquer. É uma floresta que já o é há alguns séculos e que não foi indiferente aos que por cá andaram antes de nós.

Para começar convém dizer que apesar da passagem dos séculos e do uso que o Homem fez dela, conserva ainda muitas das espécies autóctones que espontaneamente a Natureza atribuiu a este território a Oeste da Serra dos candeeiros.

Fazendo parte desde o século XII  dos coutos da Abadia cistercience de Alcobaça, mais concretamente do couto do Vimeiro, esta propriedade de cerca de 100 hectares foi sabiamente preservada pelos monges como a reserva florestal mais significativa dos seus domínios, que, refira-se chegaram a totalizar cerca de 500 km2. Como é sabido, os monges de cister foram hábeis agricultores, mas nem tudo teve de ser arroteado e desbravado para campos de cultivos, e esta floresta foi deliberadamente preservada.

E assim se manteve durante quase 700 anos, como propriedade dos monges de Alcobaça. Até 1833, ano em que o decreto de extinção  das ordens religiosas masculinas e consequente nacionalização dos seus bens, a fez transitar para a posse do Estado. Por razões que não aprofundámos, escapou á sanha das hastas públicas e nunca chegou a ser alienada.

De 1833 até aos dias de hoje ainda lhe sucederam mais factos relevantes e nem sempre das melhores, mas alguns a pedirem para serem mais averiguados, como o facto de Vieira Natividade, um dos agrónomos portugueses mais ilustres do inicio do Século XX, aí ter instalado um viveiro e um campo de experimentação de sobreiros.

É certo que hoje a mata sofre de alguns problemas, as acácias proliferam e as construçoes estão arruinadas. Poderia e deveria estar mais cuidada. Porém,  apesar de tudo, os carvalhos-cerquinhos centenários lembram que o essencial não está perdido e que o futuro pode sempre reservar novo esplendor para um dos legados dos monges de cister. A sua floresta. Existe e pode ser usufrida por todos os que dela se quiserem aproximar.

E para nós, que além do passeio  de ontem, a frequentamos com alguma assiduidade na colheita de algumas das nossas sementes, é uma das Matas Nacionais que convém visitar pelo menos uma vez!

domingo, 9 de novembro de 2014

Catálogo Geral de Sementes 2014-2015

Há cerca de um ano publicámos o nosso primeiro catálogo de sementes de flora autóctone. De então para cá procurámos estender a nossa oferta incluindo mais espécies da nossa vegetação espontânea e representativas das diversas regiões de Portugal continental.

O presente catálgo 2014-2015, que ainda esperamos enriquecer até ao final do presente ano, disponibiliza sementes de 180 espécies. Quase o dobro de há um ano atrás! Introduzimos as secções de Árvores ( 27 espécies), de Alhos e Bolbos (8 espécies, após confirmarmos a sua boa germinação) aumentámos a secção de arbustos e sub-arbustos (de 25 para 42 espécies) , bem como a de herbáceas, anuais e plurianuais, de 63 para para 92 espécies.

Face ao catálogo do ano passado e considerando o feed-back recebido, optámos este ano por incluir fotos das espécies bem como a região de origem das sementes. Esperamos com isso facilitar o processo de reconhecimento das diferentes espécies.

Incluímos também 8 espécies exóticas que ao longo das últimas décadas/séculos foram introduzidas no nosso território e que se assilvestraram com sucesso sem, contudo, demonstrarem um comportamento invasivo. As capuchinhas, os acantos, os ciprestes ou a árvore-da-castidade são algumas dessas. Em todos os casos pensamos que longe de confundirem ou desvirtuarem o catálogo contribuem para o seu enriquecimento. São plantas que fazem hoje parte das nossas paisagens e em muitos casos já culturalmente apropriadas por nós.

Este catálogo poderá ser descarregado directamente clicando no mesmo, na barra do lado direito desta página, ou então AQUI !

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Sementeiras de Outono II


No regresso da feira de Jardinagem mediterrânica, realizada em Estoi, Algarve, no passado Sábado, parámos em Lisboa e fomos ao viveiro da Sigmetum  ver como estavam as sementeiras de que vos falámos aqui. Em menos de 3 semanas, o aspecto dos tabuleiros é o que vos mostramos agora. Pelo menos 15 espécies tiveram germinações que já superaram as nossas melhores expectativas!

O que nos enche de satisfação. Quem resolver levar consigo sementes de chicoria, arruda, papoilas, funcho-marítimo, bem como das novas espécies que contamos disponibilizar em breve, como as capuchinhas, não só leva sementes de qualidade como verá rapidamente resultados. E quase sem esforço. Temperatura, humidade e luz q.b.,  a vida desponta!

Algumas espécies ainda apresentam germinações mais tímidas. E das duas uma: ou teremos de esperar mais alguns dias, ou necessitam de condições diferentes para germinarem. Com efeito o regime de rega de que cada semente necessita varia de espécie para espécie e compreendermos  isso é fundamental para aconselharmos com mais rigor.

Em posts futuros continuaremos a mostrar como germinar sementes não é, de todo, uma ciência exotérica. E que além de uma experiência compensadora pode ser uma actividade divertida para os vários elementos da família. Miúdos incluídos.