Habituados que estamos a só reparar nas flores e quase que nos esquecemos de que há muito mais para além delas no fantástico reino das plantas.
As gramíneas (família Poaceae), são, de longe, a família mais bem sucedida no nosso planeta, ocorrendo em praticamente toda a superfície terrestre, seja de forma natural seja de forma cultivada ( o trigo, o milho ou o arroz são apenas alguns exemplos de gramíneas domesticadas).
Das cerca de 10.000 espécies que ocorrem no nosso planeta são autóctones em Portugal cerca de 230, distribuídas por 72 géneros diferentes. É certo que as diferenças entre algumas são quase impercetíveis mas é também inequívoca a sua mais valia. Seja no restauro paisagístico, cobrindo o solo, por exemplo, seja na vertente ornamental.
Nos últimos anos temos-lhe dedicado uma atenção crescente e hoje fazem parte do nosso plano de colheitas anuais espécies tão emblemáticas como as abelhinhas (Briza maxima) e os rabos-de-coelho (Lagarus Ovatus).
Porém há muitas mais com claro interesse paisagístico que podem e devem fazer parte de qualquer jardim como é o caso da aveia-de-ouro (stipa gigantea) do esparto ( Stipa tenacissima) da melica (Melica ciliata) ou da Avenula sulcata ( sem nome vulgar conhecido).
Seja pela forma estética do seu porte, a altura, ou a cor das espiguetas ao longo do ano, há inúmeras que pode ser utilizadas com sucesso e que são alternativas às espécies exóticas, como as cortaderas ou Pennistuns, que frequentemente assumem um comportamento invasor.
Na foto (sentido ponteiros do relogio): Lagarus ovatus, Briza maxima; Avenula sulcata; Stipa gigantea; Ammophila arenaria e Melica ciliata)
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