A última vez que escrevemos neste blogue foi a propósito do início da Primavera. Passou-se pouco mais de um mês e voltamos hoje para assinalar, neste que é o 1º de Maio, o dia das Maias. Ao longo dos últimos anos e desde 2014 (AQUI) temos partilhado sempre por estas alturas o quanto apreciamos este dia e este mês.
Se a Primavera começou a 20 de Março, a verdade é que ela não é toda igual. Em bom dizer, não há um dia igual ao outro qualquer que seja a estação do ano: na Natureza e por todo o lado, tudo faz o seu caminho, feito de mudança permanente, aos poucos e em passos quase imperceptíveis, a transformação é a regra.
Como escrevemos AQUI no ano passado, " Os verde-limão das primeiras folhas do início da estação foram dando lugar a outras cores e formas de vida num crescendo de exuberância que invade os nossos olhos. É a mesma estação? É. Mas que se foi transformando todos os dias mais um bocadinho conduzindo-nos suavemente ao tempo de usufruto e de colheita que marca o Verão."
Para os Celtas, o ano só tinha duas estações e o Verão começava neste primeiro dia de Maio com um importante festival - Beltane - sendo o nosso Dia das Maias, um testemunho dessa relação ancestral com a Terra e o que nos rodeia. Muitas centenas de anos depois é para nós óbvio que essa constatação continua fazer todo o sentido: Maio é definitivamente o mês mais glorioso e vibrante que temos!
Esta constatação tem evidentemente um reverso. Maio é tempo de celebração e usufruto do que se semeou noutros anos e que nos recompensa agora com extensas e vibrantes florações. Semear continua a ser possível, mas só deve ser feito em ambientes condicionados, onde seja fácil regar e acompanhar o crescimento de jovens plântulas. Fora disso o mais provável é que qualquer golpe de calor dos muitos dias quentes que teremos pela frente deitem tudo a perder.
Porém e como dizíamos, tudo é "feito de mudança permanente, aos poucos e em passos quase imperceptíveis", pelo que daqui a pouco mais de 6 meses voltaremos ao Tempo de Semear. Até lá temos o tempo de Usufruir e de Colher! E é isso que todos podemos e devemos fazer!
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