quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
2020: Sementes de Portugal em Revista
domingo, 20 de dezembro de 2020
Solstício de Inverno 2020
Com o solstício de Inverno a acontecer já amanhã (dia 21, pelas 10.00), marca-se oficialmente o fim do Outono e o início do Inverno. Esta é a altura em que, desde há milénios, no hemisfério Ocidental se celebra, das mais variadas formas, a vitoria da luz sobre as trevas.
E efectivamente amanhã será o dia mais curto do ano: apenas teremos 9h27minutos de luz. Mas é também a partir de amanha que os dias, um após o outro, começarão a ganhar terreno sobre a noite!
A todos os que nos acompanham, os votos de um Feliz, Fraterno e Luminoso Natal.
sábado, 21 de novembro de 2020
23 de Novembro: Dia Nacional da Floresta Autóctone
Dia 23 de Novembro - Dia Nacional da Floresta Autóctone.
Não fossem as medidas de confinamento decorrentes do COVID19 e este fim de semana seria marcado, um pouco por todo o país, de acções de educação ambiental de plantação de espécies autóctones. Haverá ainda assim certamente algumas acções simbólicas.
Mas o essencial a reter é que, ao contrario das plantações de Primavera em Março pelo dia Mundial da Árvore, é no mês de Novembro e Dezembro que no nosso país mais faz sentido plantar árvores e arbustos nativos. E é fácil de compreender porquê.
É a altura em que terão a humidade e o tempo necessário para enraizarem e com isso melhor suportarem as temperaturas altas que a partir de Maio teremos. Mas para aqueles que levam a sério as medidas de confinamento e este ano nem uma árvore irão conseguir colocar na terra, nem tudo está perdido! Há muitas e boas leituras sobre a importância vital que a Floresta Nativa tem para o ordenamento do nosso território. Um dos últimos posts no Facebook que lemos e que vale a pena ler é da autoria do Prof. Jorge Araujo, professor na Universidade de Évora, e que bem sintetiza os desafios que temos hoje pela frente se quisermos deixar às gerações seguintes uma Floresta digna do nome!
"As florestas
Sob a designação genérica de floresta encobre-se um equívoco de consequências gravosas: no mesmo saco, incluímos o que resta da floresta autóctone (bosque, mata), o que foi domesticado pelo Homem (montado) e os povoamentos arbóreos para produção (pinhais, eucaliptais, castinçais).
O neolítico trouxe a reconversão progressiva do modo de vida de caçador-recolector para o agro-pastoril e, consequentemente, uma pressão sobre a floresta para libertação de terrenos destinados à pastorícia e à agricultura. Se até então, a floresta tinha evoluído ao sabor dos movimentos tectónicos e das alterações climáticas, na escala dos milhões de anos, a partir do neolítico, a intervenção humana acelerou drasticamente a sua mutação, na escala dos milhares ou mesmo das centenas de anos.
A chegada dos romanos à Ibéria por volta de 218 aC veio acentuar essa pressão pois, não só pretendiam substituir os cartagineses e fenícios na exploração das riquezas minerais, mas também produzir trigo, de que necessitavam para alimentar o Império. Aliás, todo o Norte de África, integrado no Império Romano, formatou-se como um imenso celeiro de Roma. Durante os 600 anos que permaneceram na Península, os romanos substituíram a economia de subsistência das primitivas tribos por grandes unidades de exploração agrícola, produtoras de azeite, vinho, cereais e pecuária. Em suma, com os romanos, assistiu-se à primeira grande transferência de solo florestal para a agricultura e a pastorícia.
Não esqueçamos ainda que a madeira foi, até ao advento dos combustíveis fósseis, e mesmo depois em muitas regiões, a principal fonte de energia para aquecimento e indústrias; as energias do vento e da água eram supletivas e aproveitadas para moagem e pouco mais. Portanto, a floresta autóctone teve de ser ela a suprir a “parte de leão” das necessidades energéticas, ao mesmo tempo que se via progressivamente amputada do seu solo em proveito da agricultura e da pastorícia; e isto... durante séculos!
Uma solução airosa foi encontrada no Sul onde dominavam as quercíneas perenifólias, a azinheira e o sobreiro. A astúcia consistiu em desadensar o bosque, abrindo espaço para o pastoreio, nomeadamente do porco preto, mas poupando as árvores, as quais foram sujeitas à poda, que favorece a produção de bolota, de que se alimentavam os suínos. A esta solução atribui-se a designação de “montado”. A cortiça, adquirindo um estatuto económico relevante, contribuiu para a sustentação económica dos montados, na perspetiva de sua exploração em uso múltiplo.
Mas mesmo o montado, apesar do compromisso que representava com a pastorícia, não resistiu, já no séc. XX, à agricultura impulsionada pela política que visava a auto-suficiência da produção do trigo. Em 1929, inspirado na “Bataglia del grano” promovida por Mussolini, na Itália, o Estado Novo, ignorando as advertências de quem sabia, designadamente do Prof. Azevedo Gomes, lançou a “campanha do trigo” que teve a sua maior expressão no Alentejo e, por via da qual, foi subsidiado o arroteamento de vastas áreas de montado e matos para expansão da cultura do trigo. A erosão e o esgotamento da pouca fertilidade dos solos, maioritariamente delgados, conduziram rapidamente ao insucesso: a partir de 1934, a produção não cessou de decair.
Chegados ao séc. XXI, Portugal tem pela frente um desígnio maior: reconstituir grande parte do seu património florestal, inspirando-se na composição das florestas autóctones.
Em boa verdade, a maior parte do coberto vegetal que tem ardido, é composto por uns miseráveis povoamentos de pinheiros e de eucaliptos com que foi substituída a floresta autóctone ou ocupados os campos abandonados pelas culturas tradicionais, pouco resilientes no contexto da economia aberta. Quem atravessar as nossas Beiras (e não só), encontrará extensas manchas verdes, enganosamente florestais, candidatas a mudarem para cinzento, e extensas manchas cinzentas à espera de reverdecerem para de novo voltarem a arder.
Impõe-se quebrar este ciclo verde-cinza. Não vale a pena culpabilizar a economia; do mesmo modo que só se eliminarão os plásticos abandonados quando estes forem generalizadamente reconhecidos como matéria-prima valiosa para indústrias transformadoras, também a floresta só será protegida quando o seu repovoamento, manutenção e proteção assentarem numa equação económica robusta. Mas, para tal, importa atribuir valor ao que tem valor: isto é, aos serviços que a floresta nos presta.
• As florestas são sumidouros de carbono, e produtores de oxigénio que nós consumimos em cada segundo das nossas vidas. Quanto vale este serviço?
• As florestas são a única barreira eficaz contra a desertificação: cortam o vento, retêm a água, enriquecem o solo, regulam o regime das chuvas, refrescam o ambiente. Estamos dispostos a prescindir delas? Quanto vale este serviço?
• As florestas pintam paisagens que nos encantam, e nos repousam fazendo esfumar-se o stress; oferecem-nos também ambientes propícios a atividades de lazer e desporto. Quanto vale este serviço?
• As florestas e a sua biodiversidade são um dos ativos do território mais importantes para a promoção do turismo. Quanto vale este serviço?
• As florestas fornecem-nos diversos materiais como madeira, cortiça e resina, que o Homem explora desde sempre; mas também frutos, cogumelos, mel e muito mais.
Enquanto não estivermos dispostos a reconhecer e contabilizar os inúmeros e insubstituíveis serviços que a floresta nos presta, se for genuína e acarinhada, encararemos sempre a reflorestação como um pesado encargo e não como um investimento. E é aí que está o busílis!
A par da floresta autóctone, pode e deve haver, em terrenos apropriados e de forma regulada, agricultura florestal (silvicultura) para produção de madeiras e de pasta de celulose, que se enquadram, é bom de ver, na fileira do sequestro de carbono desde que, depois de usados, esses materiais não sejam queimados, mas sim reciclados.
Daí a importância, também, da economia circular!
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
Homenagem ao Arq. Gonçalo Ribeiro Teles
sexta-feira, 23 de outubro de 2020
Sementes de Portugal: 7º Aniversário!
Assinalamos este fim de semana o nosso 7º Aniversário!
A todos aqueles que nos seguem e sobretudo a todos os muitos clientes que nos permitiram chegar aqui, o nosso MUITO OBRIGADO!
Sem eles teria sido impossível acreditar que, à semelhança de outros países europeus, também em Portugal fazia sentido existir um projecto empresarial totalmente especializado na flora silvestre do nosso país!
Um projecto de dimensão humana, exclusivamente vocacionado para a promoção de todo o potencial das espécies autóctones que ocorrem no nosso país e cuja utilização se impõe mais do que nunca nas mais diversas vertentes: Em jardins mais resilientes, em bosques com maior biodiversidade e em projectos de renaturalização ou requalificação paisagística!
E se fez sentido existirmos nestes últimos 7 anos, temos hoje a firme certeza de que teremos missão para muitos mais anos!
Nota - Em 24 de Outubro de 2013 publicámos o nosso primeiro post AQUI .
Poderia ter sido escrito hoje e permaneceria perfeitamente actual!
Obrigado a todos!
terça-feira, 13 de outubro de 2020
Lista Vermelha da Flora Vascular - Portugal continental
Decorreu hoje, dia 13, na Fundação Calouste Gulbenkian a conferência de apresentação pública do relatório final do projecto da Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental.
Um dia importante e que é o culminar do processo liderado pela Sociedade Portuguesa de Botânica e pela PHYTOS, que ao longo dos últimos 3 anos avaliaram o estado de conservação de 630 espécies da nossa flora.
Só se pode gerir o que se conhece e este é um importante instrumento que poderá (deverá!) ajudar na definição das nossas politicas de conservação da biodiversidade e ordenamento do território. Das 630 espécies analisadas, perto de 380 - cerca de 60% - enfrentam algum tipo de ameaça! Conheçê-las é o primeiro passo para as proteger, uma responsabilidade que é de todos nós!
Toda a informação produzida ao longo do projecto está e estará disponível para a comunidade no site: https://listavermelha-flora.pt/
Das muitas espécies que fizeram parte do Estudo, há quatro que as Sementes de Portugal tiveram o privilegio de apadrinhar: a Genciana (Gentiana lutea, criticamente em perigo); a Flor-de-adónis (Adonis annua; vulnerável); o Carvalho-de-Monchique (Quercus canariensis, criticamente em perigo) e a Mandrágora (Mandragora autumnalis, em perigo).
terça-feira, 22 de setembro de 2020
Outono: chegou o tempo de semear
Outono: Chegou o tempo de Semear!
Desde as 14.31 de hoje, terça-feira, dia 22, que estamos oficialmente no Outono.
Serão 3 meses de dias de tons quentes e mornos, com menos luz de dia para dia, que nos acompanharão nos próximos 3 meses até ao Solstício de Inverno no dia 21 de Dezembro. Para muitos é a estação triste e deprimente dos dias pequenos, da chuva e do vento. Erradamente!
O Outono é a segunda Primavera do ano, e no hemisfério norte, onde nos situamos, é o reinicio do ciclo da Natureza que nos rodeia e da qual fazemos parte. Visto com os olhos certos é a oportunidade para, de forma mais serena, recomeçar de novo e decidir o que queremos para o período de expansão que nos será oferecido na próxima Primavera de 2021.
E se isto serve para quase tudo, serve sobretudo para todos aqueles que este ano decidirão regressar à terra e ao Jardim pela flora silvestre do nosso país! Estão reunidas as condições perfeitas de temperatura e humidade para fazer germinar sementes! Chegou o tempo de semear hortas e jardins. Mais sustentáveis, com mais biodiversidade e com as espécies mais emblemáticas da nossa flora silvestre!
domingo, 30 de agosto de 2020
Caldas da Rainha : Germinar rima necessariamente com Criar!
Faz já quase 6 anos a primeira vez (e única!) vez que publicámos sobre a cidade onde estamos sedeados. Aqui, nas Caldas da Rainha. Se na altura a referência já pecava por tardia, mais do que 5 anos sem dizer nada sobre a cidade que nos acolhe não tem simplesmente uma explicação razoável.
O facto é que as Sementes de Portugal são mesmo de quase todos os sítios do nosso país, de onde provêm as sementes que colhemos e comercializamos. São do Nordeste Transmontano mas também do Sudoeste Alentejano e Algarvio. São dos calcários da estremadura e do barrocal mas também do Litoral Norte e do Alentejo. Por outro lado, as plantas nativas, o que elas proporcionam e as suas inúmeras potencialidades, fornecem tantos temas de divulgação que nos vamos focando quase exclusivamente neles.
As nossas instalações, inseridas nos SILOS/antiga moagem de cereais - CERES - que nos últimos 10 anos e em pleno centro da cidade das Caldas se soube transformar num fervilhante condomínio de actividades criativas que vão desde a música à pintura, escultura, ateliers de cerâmica -, são no fundamental logísticas. Nem sempre lá estamos, mas é nelas que centralizamos as sementes que recolhemos e onde procedemos à sua limpeza, selecção, conservação e posterior comercialização.
À primeira vista uma empresa de sementes, por pequena que seja - como é o nosso caso, deveria estar isolada no meio do campo ou de uma quinta. Mas isso é só mesmo à primeira vista! Na realidade o que fazemos nas Sementes de Portugal está bem longe dos processos de industrialização e maximização de produção que hoje nos dizem dever dominar toda a nossa existência. E está bem mais próximo daquilo que para nós pode ser a melhor, senão única, possibilidade da Natureza humana: a do sonho, a de dar forma ao que não a tinha, a de nos superarmos a nós e, connosco, o que nos rodeia . Seja a semear, a colher, a regar, a florir ou a pintar, esculpir ou a conceber o que nunca existiu!
Por isso é que para nós as Sementes de Portugal estão sedeadas onde devem de estar: Nas Caldas da Rainha. Onde também elas podem fazer parte de um ecossistema onde o melhor da Natureza humana tem a sua oportunidade.
E foi a isso tudo que a Constança (www.instagram.com/a.cmarie/) e o João (www.instagram.com/joaommargarido/), jovens artistas plásticos de méritos reconhecidos, fizeram ao dar as cores certas quando lhes pedimos para nos criarem um mural que fosse a cara das Sementes de Portugal. E o resultado já se colou à nossa pele. A eles, o nosso OBRIGADO por terem germinado tão bem esta ideia!
domingo, 21 de junho de 2020
Solstício de Verão
Para a maior parte de nós começou a melhor altura de ir à praia, passear e descansar. Porém, sendo certo que também o é, o Verão é sobretudo o tempo para colher o que se semeou desde o Outono! Daí que nos próximos 3 meses o enfoque das nossas energias estará em colher as sementes das espécies mais emblemáticas da nossa flora e que todos poderemos semear a partir de Outubro!
De qualquer das formas não se pense que agora a Natureza apenas tem sementes para colher! Os seus ritmos apurados não permitem "colocar todos os ovos no mesmo cesto" e continuará a ser possível usufruir da beleza das muitas espécies que se foram programando para florir no Verão. Serão em menor numero sim, mas existem! Seja nas zonas litorais da costa marítima, seja nas zonas húmidas, há espécies incríveis que prolongarão a Primavera até ao final de Agosto!
Mas se a tónica dominante do Verão é a de colher, convém não ignorar que há em todas elas tempo para Semear, Descansar,Celebrar e Colher. O que muda apenas é o enfoque!
A todos os que nos seguem os votos de um bom Verão. Se não a Colher, a Descansar ou a Usufruir. E sobretudo a preparar o que se quererá Semear, daqui a cerca de 3 meses, no início do próximo ciclo!
Nota: Há um ano atrás publicamos no nosso blogue um texto a propósito do solstício de Verão que no essencial resume o que para nós significa o Verão. AQUI.
domingo, 14 de junho de 2020
A oportunidade das Limpezas Florestais
Trata-se de uma pequena parcela, na região de Leiria -Batalha, a Oeste da maciço calcário estremenho (Serra de Aire e Candeiros), cujo povoamento original de Carvalhos-cerquinhos (Quercus faginea broteroi) e sobreiros (Quercus suber) foi, ao longo das últimas décadas substituído por pinheiros e eucaliptos.
No final as espécies preservadas permitirão que dentro de alguns anos surja nesta parcela o que será um bosque mais resiliente e com um risco de incêndio bastante menor!
sexta-feira, 5 de junho de 2020
Dia Mundial do Ambiente ?
segunda-feira, 1 de junho de 2020
Três espécies que merecem um lugar em qualquer jardim
quarta-feira, 20 de maio de 2020
Celebrar condignamente o Dia da Espiga
Uma tradição tão profunda que até ainda bem pouco tempo este era o DIA! "o dia mais santo do ano", em que não se devia sequer trabalhar. Ou o dia da hora porque havia uma hora, o meio-dia, em que tudo parava, "as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda e as folhas não se cruzam". Era nessa hora, pelo meio-dia, que se deviam colher as plantas para fazer o ramo da espiga, do qual, em dias de trovoadas se queimava um pouco no fogo da lareira para afastar os raios.
Um ramo a preceito tem, cada uma com o seu significado, oliveira, alecrim, pampilhos, folhas de videira, papoilas e espigas. de forma diversificada e equilibrada, que a abundância nunca foi nem nunca será feita de monocultura intensiva. E, em muitas cidades e vilas do nosso pais* que têm neste dia o seu feriado municipal, é o que muitas pessoas irão fazer hoje: colher um ramo de espiga!
Porém, nos dias de hoje celebrar o dia da Espiga terá pouca serventia se for apenas para cumprir a tradição e nos lembrarmos como era Portugal até aos anos 80. Por muito bonito que seja o ramo, mais importante que isso, do que celebrar a Espiga, o Dia do fascínio das plantas de há 2 dias atrás ou mesmo o Dia das abelhas que se celebra hoje dia 20 de Maio ( que na pratica são dias que também de forma também habilidoso foram instituídos simplificando o ancestral dia da Espiga que já celebrava tudo isso!) , é importante termos presente que a terra que habitamos é também em boa parte resultado da nossa acção e vontade colectiva. Fará sentido celebrar o dia da Espiga e tudo o resto se o Alentejo se transformar num território exclusivo da monocultura de Amendoal e de Olival intensivo!?!? Se deixarem de existir searas e bermas floridas? Nós temos duvidas! Aliás, as maiores duvidas que essa fosse a fertilidade desejada pelos nossos antepassados! A "fertilidade" nauseabunda dos lagares de azeite que hoje, mesmo na Primavera,se respira em muitas estradas do Alentejo. Dai que, mais do que colher a espiga e fazer um ramo bonitinho, o desafio mais relevante seja o de reflectirmos até que ponto as nossas acções individuais e colectivas poderão, ou não, influenciar a paisagem que é "transformada" à nossa volta sem que sequer nos tenha sido perguntado se era isso mesmo que queríamos. Se tivermos consciência do que está a acontecer ali, mas também no imenso eucaliptal do centro interior ou nos novíssimos pomares de abacate e laranja do Algarve, sem que tenhamos tido sequer uma palavra, então o Dia da Espiga será celebrado condignamente! Se calhar sem tanta alegria, mas pelo menos mais consciente!
**Alcanena, Alenquer, Almeirim, Alter do Chão, Alvito, Anadia, Ansião, Arraiolos, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Beja, Benavente, Cartaxo, Castro Verde, Chamusca, Estremoz, Golegã, Loulé, Mafra, Marinha Grande, Mealhada, Melgaço, Monchique, Mortágua, Oliveira do Bairro, Quarteira, Salvaterra de Magos, Santa Comba Dão, Sobral de Monte Agraço, Torres Novas, Vidigueira e Vila Franca de Xira, são algumas das muitas localidades que assinalam o seu feriado municipal amanha dia 21, dia da Espiga!
domingo, 10 de maio de 2020
A invenção da Natureza
Em tempos em que a compartimentação e divisão da ciência, num infindável número de disciplinas que espartilham a realidade, tem sido levada ao limite, perdendo-se frequentemente a tão necessária visão do todo, aqui fica na nossa homenagem a um dos Europeus a quem nós mais devemos!
domingo, 3 de maio de 2020
As ervas daninhas não existem!
sexta-feira, 1 de maio de 2020
Tempo de celebrar
quinta-feira, 30 de abril de 2020
Dias das Maias
quarta-feira, 22 de abril de 2020
Dia 22 de Abril. Dia da Terra!
25 de Abril. 46º Aniversário!
terça-feira, 7 de abril de 2020
Trazer a paisagem mediterrânica para o Jardim
sexta-feira, 27 de março de 2020
Um jardim autóctone e ...não só!
Não existe nenhuma regulamentação de como deve ser um jardim. Não existe nenhum decreto nem nenhuma lei que defina que um jardim é melhor com estas de que com aquelas espécies! Um jardim é e será sempre um espaço de SONHO e LIBERDADE com os pés e as mãos na terra. Uma construção humana, intima e pessoal que espelha as opções éticas e estéticas de quem o desenha, planta e cuida.
Pode ter espécies do hemisfério Sul!? Pode! E do mediterrâneo Oriental!? Também! E autóctones da outra ponta do país? Porque não? E cultivares apurados por jardineiros ao longo de gerações? E porque não também? Até pode ter plantas geneticamente modificadas se for essa a vontade. O melhor jardim é e sempre será só um: aquele que faz alguém feliz!
Estabelecidos os limites, que não são nenhuns, qualquer pessoa pode (e deve!) começar essa aventura - assim tenha as condições e....a vontade! Para desenhar, plantar, semear, errar, ver crescer, mondar, voltar a plantar, retirar e um dia voltar a recomeçar! Se nessas múltiplas acções alcançar paz e alegria, o jardim já lhe deu tudo o que teria de dar! E foi certamente muito! Como bónus pode ainda deleitar-se a recordar o nome das plantas, dos arbustos e das árvores. Das que dão flores e folhas comestíveis. A saber distinguir as que são perenes das anuais ou bi-anuais. As que ocorrem na linha de costa ou as que nem são de cá, as que eram comuns nos jardins medicinais dos mosteiros e as que as abelhas adoram. As que só enraizaram à terceira, as que precisam de muito cuidado e as que só querem ficar sossegadas. As que implicam muita rega e as que não precisam dela para nada! A ver as estações a passar por ele e a lembrar-se de todas aquelas que não se conseguiram adaptar naquele solo/localização. A aprender a viver com essa frustração, a não desistir e ainda assim continuar a plantar outras que poderão prosperar.
Ao fim de algum tempo, com persistência e alguma paciência, qualquer um de nós poderá ter por fim o seu Jardim. Não será um jardim qualquer, nem tão pouco perfeito. Será simplesmente o seu Jardim. E isso é tudo o que basta!
Nota Final - No nosso blogue,https://bit.ly/2JlqKbr, partilhamos mais fotos de um Jardim sem qualquer sistema de rega e onde, a par de espécies autóctones de Portugal continental - provenientes de regiões tão dispares como Algarve, Beira Baixa, litoral atlântico, baixo -mondego e Serras de Aire e candeeiros, foram incluídas espécies provenientes da África do Sul e Mediterrâneo Oriental!
Nota - As fotos aqui partilhadas são de um Jardim, sem qualquer sistema de rega e onde, a par de espécies autóctones de Portugal continental - provenientes de regiões tão dispares como Algarve, Beira Baixa, litoral atlântico, baixo -mondego e Serras de Aire e candeeiros, foram incluídas espécies provenientes da África do Sul e Mediterrâneo Oriental!