Sanguinho-das-sebes e Aderno-de-folhas-estreitas
A época das bagas por excelência é o Outono, mas a Natureza encarrega-se cedo de começar a fornecer algum alimento aos muitos seres-vivos que dela dependem. De forma orquestrada, diferentes espécies de plantas, arbustos e árvores vão amadurecendo sucessivamente os seus frutos ao longo do tempo, dando sustento e garantindo, em troca, a disseminação das suas sementes.
As que hoje vos mostramos, e que ao contrário de outras como as amoras ou as camarinhas não são por nós comestíveis, são das primeiras a aparecer no centro e sul do país. Carregadas de bagas vermelhas e pretas são, além da mais valia ecológica, arbustos com inegáveis qualidades ornamentais e paisagísticas que podem (e devem) fazer parte de qualquer jardim sustentável.
Aliás neste particular a dúvida que surge não é "se se podem utilizar" mas sim "porque é que não são mais utilizadas!".
O sanguinho-das-sebes, Rhamnus alaternus, deve o seu nome à cor do sumo dos seus frutos e que em tempos era utilizado como pigmento na industria de tinturaria. Já o aderno-de-folhas-estreitas*, ou lentisco como também é popularmente conhecido, com o nome botânico de Phillyrea angustifolia, é uma espécie aparentada com as oliveiras estando integrada na familia das Oleaceae.
Para terminar, evidencia em dois aspectos relevantes: são arbustos de folha persistente e extremamente resistentes às securas do Verão pelo que não exigem nem regas frequentes nem especiais cuidados!
* Aderno-de-folhas estreitas por "comparação" com as do seu parente, mais largas, "Aderno-de-folhas-largas", Phillyrea latifolia, uma pequena árvore com iguais e inegáveis qualidades. E a que voltaremos num dos nossos próximos posts.
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