domingo, 28 de fevereiro de 2016

Borragem


Quase a terminar o mês e depois de um fim-de-semana fustigados por uma frente fria, como já não sentíamos há anos, relembramos hoje mais uma espécie silvestre autóctone e que já está em floração em muitos sítios. E que nos recorda que, por muito duros que sejam estes dias, a Primavera se aproxima inexoravelmente.

Um alento para os mais incrédulos, mas não só. A borragem é planta para vários fins, a começar pelo seu lado estético. As suas flores em formato de estrela, de singulares tons azuis, são além de inegavelmente bonitas, comestíveis podendo ser utilizadas em saladas seja pelo elemento decorativo seja pelo seu travo picante.

Mas não são só as flores que são comestíveis. As suas folhas enquanto jovens entram bem em saladas e depois disso, se maduras e mais rugosas, têm em infusão diversas aplicações fitoterapêuticas , sendo indicadas no combate a bronquites, resfriamento e tosse.

Dos muitos usos que é possível dar á borragem, e que é possível descobrir em diversos livros e publicações, fazemos ainda referência a um que Miguel Boieiro partilha no seu livro "Plantas para curar e comer" num texto dedicado a esta espécie:  o de cataplasma  como máscara de limpeza da pele, ao jeito dos feitos com pepino e iguais resultados ao limpar e tonificar a pele.

De notar por fim que é uma planta melífera, muito apreciada pelas abelhas que têm no seu néctar um dos primeiros alimentos frescos do ano!

3 comentários:

  1. Esta peculiar planta é também muito útil na horta. Por exemplo é óptima na consociação com as beringelas.

    Boa escolha!

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  2. Esta peculiar planta é também muito útil na horta. Por exemplo é óptima na consociação com as beringelas.

    Boa escolha!

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  3. Aproveito e envio esta receita antiga, que copiei tal e qual: Podim de ervas: Peza-se 1 quarta de borragens, selgas, azedas, espinafres, almeirão e chicória e depois de bem cozidas e pizadas e passadas por uma peneira lançam-se em 1 arratel de assucar em ponto de espadana, 1 colher de manteiga e dando-lhe uma fervura tira-se do lume a esfriar, depois lançam-se-lhe 12 gemmas de ovos e 3 claras muito bem batidos com um pouco de canella, torna ao lume até engrossar, deita-se na fôrma untada de manteiga, e vae ao forno que deve estar pouco quente.
    N.B. Ao tirar da fôrma deita-se num prato por cima dum môlho composto d’assúcar refinado e um calix de vinho branco espirituoso

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