sábado, 11 de janeiro de 2014

Bocas-de-lobo

Quem (assim por volta da nossa geração) não se lembra de em criança brincar com estas flores apertando-as de modo a fazer abrir aquela ‘bocarra’? Era uma das flores mais comuns na maioria dos jardins, fossem eles pequenos ou grandes, públicos ou privados, responsável por encher os canteiros de cores fortes e variadas.
Sendo da mesma família das dedaleiras, Plantaginaceae, as bocas-de-lobo (Antirrhinum sp) são um exemplo das plantas silvestres pioneiras na conquista dos nossos jardins e a espécie que melhor conhecemos dos jardins é a cultivada Antirrhinum majus.

De entre as cerca de 25 espécies conhecidas e originárias do mediterrâneo ocidental, em Portugal e na natureza  podemos encontrar 7 espécies diferentes, algumas mais ou menos raras.
As bocas-de-lobo mais comuns que podemos encontrar à beira dos caminhos, em fendas de rochas e de um modo geral em terrenos pedregosos é o Antirrhinum linkianum, enquanto que em “sítios arenosos e perto do litoral” (1) já encontramos o A. cirrhigerum. São pequenas as diferenças que as distinguem e em comum têm a forte coloração rosa purpura das suas flores que as faz ressaltar à vista na paisagem.

Em resumo, é uma planta herbácea perene bem adaptada a diferentes condições, que suportando bem o nosso frio entra em floração logo no final do inverno, renovando as suas flores até meados do Outono ou mais.
De fácil germinação, chega em Março a melhor altura de proceder à sementeira e possuímos para já o Antirrhinum cirrhigerum ou bocas-de-lobo-do-litoral-arenoso, disponível conforme o nosso catálogo.


      (1)    in Flora-on 


2 comentários:

  1. Tomei hoje contacto com o vosso blogue, que adorei (já está nos meus favoritos!) e que, pelo que vi, possui objetivos muito nobres, sobretudo pelo facto de divulgar e valorizar a nossa flora autóctone na sua vertente ornamental/paisagística.
    Já tenho bocas do lobo no meu jardim compradas mas também transplantadas (2 ou 3) da berma de um caminho. Contudo, apesar de tentar, nunca consegui fazer uma sementeira que vingasse. Diga-se também que não tentei muitas vezes, mas devo ter falhado em algo no processo. Será que poderiam explicar a melhor maneira de fazer germinar as sementes desta planta.
    Já agora, e para terminar, como terei que proceder para vos encomendar sementes?

    Cumprimentos
    Paulo Fonseca

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  2. Viva Paulo Fonseca,

    Obrigado pelas suas palavras e pelo seu interesse. Para ficarmos em contacto envie-nos um email para sementesdeportugal@gmail.com
    Abraço
    Joao Gomes

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