Quem (assim por volta da nossa geração)
não se lembra de em criança brincar com estas flores apertando-as de modo a
fazer abrir aquela ‘bocarra’? Era uma das flores mais comuns na maioria
dos jardins, fossem eles pequenos ou grandes, públicos ou privados, responsável
por encher os canteiros de cores fortes e variadas.
Sendo da mesma família das dedaleiras, Plantaginaceae, as bocas-de-lobo (Antirrhinum sp) são um exemplo das plantas silvestres pioneiras na conquista dos nossos jardins e a espécie que melhor conhecemos dos jardins é a cultivada Antirrhinum majus.
De entre as cerca de 25 espécies
conhecidas e originárias do mediterrâneo ocidental, em Portugal e na natureza podemos encontrar 7 espécies diferentes, algumas mais ou menos raras.
As bocas-de-lobo mais comuns que
podemos encontrar à beira dos caminhos, em fendas de rochas e de um modo geral
em terrenos pedregosos é o Antirrhinum
linkianum, enquanto que em “sítios arenosos e perto do litoral” (1) já
encontramos o A. cirrhigerum. São
pequenas as diferenças que as distinguem e em comum têm a forte coloração rosa
purpura das suas flores que as faz ressaltar à vista na paisagem.
Em resumo, é uma planta herbácea perene
bem adaptada a diferentes condições, que suportando bem o nosso frio entra em
floração logo no final do inverno, renovando as suas flores até meados do
Outono ou mais.
De fácil germinação, chega em
Março a melhor altura de proceder à sementeira e possuímos para já o Antirrhinum cirrhigerum ou bocas-de-lobo-do-litoral-arenoso,
disponível conforme o nosso catálogo.
(1)
in Flora-on
Tomei hoje contacto com o vosso blogue, que adorei (já está nos meus favoritos!) e que, pelo que vi, possui objetivos muito nobres, sobretudo pelo facto de divulgar e valorizar a nossa flora autóctone na sua vertente ornamental/paisagística.
ResponderEliminarJá tenho bocas do lobo no meu jardim compradas mas também transplantadas (2 ou 3) da berma de um caminho. Contudo, apesar de tentar, nunca consegui fazer uma sementeira que vingasse. Diga-se também que não tentei muitas vezes, mas devo ter falhado em algo no processo. Será que poderiam explicar a melhor maneira de fazer germinar as sementes desta planta.
Já agora, e para terminar, como terei que proceder para vos encomendar sementes?
Cumprimentos
Paulo Fonseca
Viva Paulo Fonseca,
ResponderEliminarObrigado pelas suas palavras e pelo seu interesse. Para ficarmos em contacto envie-nos um email para sementesdeportugal@gmail.com
Abraço
Joao Gomes