quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A árvore da castidade


 Vitex agnus-castus

Embora não seja considerada uma espécie autóctone portuguesa, este arbusto que pode alcançar um porte arbóreo encontra-se relativamente disseminado pelas margens de ribeiras do Sul do País. Introduzido ou não pelo homem no nosso território, o facto é que o seu habitat-natural é o do mediterrâneo e nós, que não somos mais papistas que o papa, não resistimos a dá-la a conhecer mesmo que não seja nossa. 

Com um claro valor estético, razão pela qual é utilizada há alguns séculos como ornamental, destacam-se nesta planta as suas espigas de flores lilazes que normalmente aparecem no Verão e se prolongam até ao fim do Outono. Tem preferência por locais expostos ao sol ou meia sombra desde que em solos frescos e bem drenados.

Mas as maiores curiosidades deste arbusto prendem-se com os usos medicinais que os homens lhe foram dando desde a Antiguidade e que se verteram no seu nome cientifico. Com efeito desde a Grécia antiga que as suas folhas e bagas, foram utilizadas como um "redutor" de libido, sendo recomendadas às mulheres que quisessem acalmar os seus pensamentos. E as bagas vermelhas, depois de secas, têm também outro nome sugestivo do seu uso: pimenta de monge! Ao que parece no passado este era um dos suplementos que não poderiam faltar na dispensa de qualquer mosteiro.

Nos dias de hoje subsistem muitas duvidas cientificas sobre o real poder anti-luxuria dos princípios activos desta planta, mas são-lhe reconhecidos efeitos positivos para o tratamento de ansiedade, tensão nervosas e insónias. E como esclarece o Luís Alves aqui, uma infusão das suas folhas em banho "alivia os calores e suores típicos da menopausa". :)

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