Menos conhecido que os anteriores não deixa porém de dar nas vistas. Poucos já o conhecem como cardo penteador, mas este era o nome vulgar dado aos Dipsacus - depois de secas, as inflorescências eram utilizadas para cardar a lã.
Em Portugal ocorrem duas espécies de Dipsacus: Dipsacus comosus e Dipsacus fullonum. A distinção entre elas não é imediata e nem é tarefa fácil. Em ambos os casos as inflorescências são idênticas e com interesse para um jardim. Não só pelos insectos que atraem durante a primavera, que não resistem às suas flores rosa/purpura, mas também pela sua inegável beleza geométrica.
Nativa do Sul da Europa, Ásia e Norte de África é considerada invasora em alguns regiões dos Estados unidos. Além da sua beleza terá certamente contribuído para que fosse levada da Europa o facto de aí ser considerada uma planta medicinal. As suas raízes maceradas em álcool são utilizadas como tonificante das inflamações de músculos e articulações.
Curiosamente do lado de cá do atlântico são outras as suas aplicações medicinais. Recorrendo ao conhecimento do mestre José Salgueiro (1), é uma planta considerada "útil em doenças da pele, tais como acne, eczema e outras" sendo a sua raiz cozida "diurética, sudorífica e aperitiva", entre outras possibilidades!
De referir por fim que é uma planta pouco exigente, de solos e água, e que é bianual florescendo no segundo ano. Porém, como produz sementes com alguma abundância é quase certo que algumas germinarão no ano seguinte possibilitando a sua permanência no jardim.
1 - Ervas, usos e saberes - Plantas medicinais no Alentejo e outros produtos naturais
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