Para os mais afastados da flora que nos rodeia, a chicória é uma daqueles bons exemplos que se costumam dar para provar que as plantas não estão assim tão afastadas da nossa vida. Com efeito, quem não se lembra daquele anuncio dos anos 80 e inicios de 90 de uma marca que referia "...cevada, chicória e centeio, Brasa é a bebida que aquece...". Pois é, ainda hoje quase todas as bebidas substituítivas do café da manhã, feitas à base de cereais, têm na sua composição a chicória!
E quando constatamos que se trata da mesma planta cujas flores de azul acentuado observamos por esta altura em muitas bermas e campo não queremos acreditar!
Tudo nesta planta tem uso. As suas folhas ao inicio da Primavera podem ser utilizadas em saladas, sendo até mais ricas que as de alface!, as suas flores são comestíveis e as suas raízes são utilizadas, após serem torradas e moídas, na fabricação das bebidas feitas à base de cereais. Por outro lado, às infusões feitas com as suas folhas e flores são atribuídas propriedades medicinais ao melhorar o funcionamento do figado e ao estimular a secrecção de bilis.
A chicória, ou almeirão, como também é vulgarmente conhecida, é uma planta perene vivaz. Isto é dura vários anos renascendo todos os fins do Outono/inícios de Inverno. Mas antes de entrar no seu período de dormência, no final do Verão, presenteia-nos sempre com generosa floração de delicadas e intensas flores azuis que se abrem durante o dia e se fecham ao fim da tarde.
E é esta a perspectiva que mais nos seduz nesta planta: a sua utilização como ornamental. É certo que por cá pode ser considerado arrojado, mas com sensibilidade e bom senso é possível tirar o melhor partido do efeito que a sua floração proporciona a fazer lembrar um véu azul em suspenso num canto do jardim!
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